Investir em energia solar continua sendo um bom negócio

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Iniciada em meados de 2022 como uma nova oportunidade de negócios para a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, a área de Energia Renovável voltada à comercialização de equipamentos para geração de energia solar, fechou o ano somando R$ 16,6 milhões em faturamento e planeja chegar a R$ 66 milhões em 2023.

Atuando como integrador autorizado de produtos da marca Weg, reconhecida pela qualidade ? que opera com inversores e módulos de tecnologia e produção Chinesa -, a Cocamar Energia tem como foco os cerca de 20 mil produtores cooperados da Cocamar, distribuídos pelos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Eles respondem por 90% das aquisições até o momento e o leque de clientes vem sendo ampliado para o mercado em geral.

Conforme explica o gerente comercial Eduardo Sanna de Carvalho, a Cocamar Energia levanta a demanda junto aos produtores e demais segmentos e contrata a elaboração do projeto. Depois de retornar com a solução ao interessado, efetiva o negócio e a instalação da estrutura fica a cargo de uma empresa terceirizada. ?A potência comercializada até agora é de 4,2 Megawatts (MWp)?, informa Carvalho, o que corresponde a uma comunidade com 1,5 mil residências. As vendas compreendem desde pequenos produtores, para a instalação, por exemplo, de cinco placas no telhado, a grandes instalações no solo para abastecer, entre outros, aviários e sistemas de irrigação.

Ainda que as discussões sobre o início da tributação, em 7 de janeiro, tenha emperrado negócios, o gerente argumenta que a opção pela energia solar é um caminho sem volta e o ritmo de vendas, que foi mais intenso até o final do ano, deve ser retomado em breve. ?Há muita desinformação, mas a verdade é que o investimento em energia solar não deixou de ser vantajoso para o consumidor?, pontua.

Mesmo com o início da cobrança informada na Lei 14.300/22, vale a pena a aquisição do sistema solar, segundo Carvalho, pois o custo com o consumo de energia pode cair até 95%. ?Cabe ressaltar que a nova legislação também trouxe avanços ao segmento como a isenção da cobrança de uma tarifa mínima e a tão esperada segurança jurídica aos consumidores de Geração Distribuída, diferente do modelo anterior, que vigorou até 6/1?. Se antes, de acordo com o gerente, o retorno do investimento se dava a partir do quinto ou sexto ano após a instalação, agora seriam necessários cerca de seis meses a mais.

Carvalho ressalta que a lei que vai regulamentar a aplicação da Taxa de Utilização do Sistema de Distribuição (TUSD) sobre o fio ?B?, poderá ter a prorrogação do início da cobrança através da votação do PL 2703/22 no Senado. Independente disso, outro aspecto a considerar é que a tecnologia evoluiu nos últimos anos para placas mais eficientes chegando a 550 Watts, com muito mais capacidade em relação às anteriores, de 250 a 300 Watts. Além disso, a popularização da energia solar vem diminuindo o seu custo e há linhas de financiamento sendo oferecidas em acessíveis na rede bancária.