Sucessão bem-sucedida impulsiona o negócio da família

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Aos 33 anos, o cooperado Luiz Henrique Kikuiti Tanno é exemplo de uma sucessão bem-sucedida na propriedade da família, em Londrina, onde eles cultivam grãos. No ano de 2011, depois de se formar em engenharia elétrica, Luiz se viu numa encruzilhada: seguir sua carreira ou permanecer ao lado do pai Henrique, hoje com 66 anos, para conduzirem juntos o negócio da família?


A opção foi a mais acertada, a seu ver: ele decidiu se tornar um produtor rural e, poucos anos depois, em 2014, assumia o planejamento da propriedade, sempre tomando as decisões em conjunto com os familiares. ?Antes, eu ajudava meu pai; depois, com o tempo, ele é que passou a me ajudar?, explica Luiz.


Tendo a soja como carro-chefe, a família conta com o apoio técnico da Cocamar, por meio do agrônomo Volner Zambão, da unidade localizada no distrito de Serrinha e, no ano passado, aderiu ao Grupo Mais, um serviço de orientação personalizada, da cooperativa, prestado pelo agrônomo Osmar Buratto.


"Além do auxílio da consultoria nas recomendações técnicas de fertilidade de solo e manejo cultural (rotação de culturas), a consultoria visa um sistema de manejo mais rentável e sustentável?, comenta Buratto. Segundo ele, por meio de um programa de monitoramento de pragas e doenças com frequência semanal e georreferenciada, o produtor faz o controle das mesmas realizando aplicações localizadas e, com isso, gerando maior otimização de custos com defensivos, economia de tempo e água.


Mais recentemente, o irmão de Luiz, Gustavo Henrique, de 30 anos, formado em engenharia civil, também decidiu trabalhar com a família, auxiliando-a na gestão de custos, com a elaboração de planilhas detalhadas.


A cada ano são feitas análises de solo para a correção com calcário e a reposição de nutrientes. Assim, e depois também de investirem na aquisição de máquinas mais modernas, os Tanno se sentem ainda mais preparados para crescer na atividade.


No ano passado, a média de produtividade de soja ficou em 170 sacas por alqueire, marca que eles pretendem superar nesta safra. ?As lavouras estão bem melhores neste ano?, justifica Luiz, confiante também de que o manejo adotado, seguindo as orientações do Grupo Mais, resultará em uma produtividade maior.


No inverno, além de milho (que é cultivado em consórcio com a braquiária), eles plantam aveia branca, trigo (cuja palhada ajuda a controlar ervas como a buva) e fazem também um ?mix? de culturas com o objetivo de aumentar a cobertura e a proteção do solo.


?Estamos sempre em busca de novas tecnologias?, explica Luiz, frisando que o próximo passo, a partir dos novos maquinários, é avançar na agricultura de precisão. E, também, expandir a área plantada, arrendando terras pela região.


No mais, acompanhar a evolução tecnológica, com uma ativa participação na Cocamar, onde se sentem tranquilos e seguros e, à medida do possível, investir em outros projetos, como a geração de energia solar, bem como em uma estação meteorológica, de maneira a aprimorar o planejamento e tornar o negócio mais sustentável.


?Eu não me vejo mais fora da agricultura, é uma atividade que me realiza?, completa o produtor.


Acompanharam o Rally, na visita à propriedade, o gerente técnico da Cocamar, Rafael Furlanetto, o gerente das unidades de Tamarana e Serrinha, Fernando Stephano, e o engenheiro agrônomo Volner Zambão.


São 280 cooperados na unidade de Tamarana e 190 em Serrinha, informa o gerente Fernando.


O Rally Cocamar de Produtividade, em seu oitavo ano, conta com o patrocínio da Basf, Sicredi Dexis, Nissan Bonsai Motors e Viridian Fertilizantes (principais), Cocamar Máquinas/John Deere, Estratégia Ambiental e Irrigação Cocamar.